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Tudo sobre o Dia Internacional da Igualdade Feminina!

Nesse especial de 26 de agosto, conheça as principais conquistas femininas ao longo da história.

25 de agosto, 2021

O Dia Internacional da Igualdade Feminina é comemorado no dia 26 de agosto e essa data foi escolhida porque anos atrás houve um marco na história: as mulheres conquistaram o direito ao voto! 

Há 101 anos, nos Estados Unidos, após muitos anos de luta, as mulheres conseguiam ir às urnas pela primeira vez, exercendo seu direito civil democrático, assim como os homens.

No Brasil, o voto amplo feminino foi liberado apenas em 1934 – porém, só se tornou obrigatório 12 anos depois! Isso mostra que ainda temos um longo caminho de luta por igualdade de gênero por aqui. 

Vamos conhecer mais sobre as principais conquistas femininas ao longo da história?

Conquistas femininas ao longo da história

Mulher branca com sua filha pequena, na rua, segurando uma placa com a mensagem: lute como uma garota.
Lute como uma garota!

Assim como em 1920, com a aprovação da 19ª emenda da constituição americana que dava às mulheres o direito ao voto, existem outros momentos que foram de extrema importância para chegarmos nesse ponto da história, e obviamente, avançarmos ainda mais.

Por isso, mulheres que foram resistência e iniciaram movimentos feministas no passado devem ser enaltecidas nos dias de hoje. Sem elas, provavelmente o papel da mulher na sociedade seria como antigamente.

É fato que algumas coisas já fazem parte do nosso dia a dia, por isso não damos tanta atenção, mas é preciso ressaltar que foi necessário muita luta de mulheres incríveis que protagonizaram esses movimentos de mudança na sociedade. 

Conheça algumas das conquistas femininas mais importantes que aconteceram ao longo da história:

Mulheres conquistam o direito do acesso à faculdade (1879)

A história do acesso à educação aconteceu lentamente. As mulheres foram autorizadas a frequentar a escola em 1827, porém apenas em 1879 tiveram acesso às universidades – foram 52 anos para isso acontecer! 

Mesmo com todos os obstáculos pela igualdade feminina, segundo o Censo da Educação Superior de 2019, realizado e divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), mulheres representam a maioria na educação superior brasileira.

No entanto, essa conquista nas universidades passou por um grande recorte de classe e raça, e existem diversos graus de privilégios que precisamos citar. Infelizmente, mulheres pretas e periféricas não tinham – e muitas vezes ainda não têm – o mesmo acesso que as brancas. 

Quando mulheres foram autorizadas a frequentar as escolas e faculdades, o decreto da Lei Aurea de abolição à escravidão nem havia sido assinado. As oportunidades nunca foram as mesmas e a luta por igualdade das mulheres pretas é um recorte do feminismo que precisa ser debatido!

Voto feminino é permitido no Brasil (1932)

Como já falamos, o Brasil permitiu o voto feminino anos depois dos Estados Unidos, e isso aconteceu na época do governo Getúlio Vargas.

O Código Eleitoral definiu que mulheres casadas poderiam votar – com autorização do marido -, assim como mulheres viúvas e solteiras que tivessem renda própria. 

Primeira pílula anticoncepcional chega ao mercado (1960)

Cartela de anticoncepcional azul com todos os comprimidos, em cima de uma folha azul e rosa.
Pílulas anticoncepcionais foram proibidas por muito tempo!

Na década de 1960, a enfermeira Margaret Sanger e a bióloga Katherine McCormick, ao lado do cientista Gregory Pincus, se uniram com o propósito de inventar uma pílula anticoncepcional que fosse acessível e eficiente.

Acontece que, na época, os contraceptivos eram proibidos nos Estados Unidos e esse trabalho precisou ser feito às escondidas. Sempre que questionados, a resposta era que a pesquisa era para um remédio que aliviasse os sintomas da menstruação. 

E foi assim que surgiu o Enovid-10, o primeiro anticoncepcional a chegar às farmácias, revolucionando o significado de sexo na época, que era tratado apenas como um meio de reprodução e não prazer. 

Lei Maria da Penha (2006)

Mulher branca, com um escrito em suas costas: eu sou uma mulher, qual seu super poder?
A luta pelos direitos das mulheres acontece no mundo todo e está longe de acabar!

Em 2006, a história de Maria da Penha deu início à lei que levou seu nome. Após 20 anos lutando para sair de um relacionamento abusivo, em que era agredida fisicamente e verbalmente, ela conseguiu que seu marido fosse preso. 

Por isso, a lei tomou forma e ganhou nome. Todo caso de violência doméstica é crime e pode aumentar o tempo de pena do agressor. Além disso, as mulheres recebem o apoio de serviços sociais de proteção e assistência.

Criminalização da violência psicológica contra mulheres (2021)

A mais recente mudança nas leis brasileiras para garantir a segurança da mulher aconteceu em 2021, quando decretaram que violência psicológica contra mulheres também é crime! 

Antigamente, apenas crimes de violência corporal eram considerados no tribunal, porém, com os avanços dos estudos da psicologia, foi identificado que muitas mulheres estão em situação de vulnerabilidade emocional.

Esse debate acontece há anos e finalmente obtivemos respostas: violência psicológica é crime! 

Mulheres importantes na história que você precisa conhecer!

A igualdade feminina é uma discussão relativamente recente, mas nossas conquistas são muitas! Conheça agora quatro mulheres que marcaram a história na luta pela igualdade de gênero e direito das mulheres.

  1. Marie Curie (1867 – 1934)
Cientista Marie Curie, mulher branca e de cabelos presos, sentada em uma cadeira de madeira.
Honrada duas vezes no prêmio Nobel, Marie Curie fez história na ciência e é  inspiração para jovens cientistas mulheres até hoje. (Reprodução: Pinterest / wdl.org)

Marie Curie foi uma cientista polonesa pioneira na ciência, vencedora do prêmio Nobel duas vezes – em física e química. 

Em física, foi premiada em conjunto com outros dois pesquisadores, por descobrir e demonstrar a existência da radioatividade natural. Já em química, a descoberta de dois novos elementos químicos garantiram sua láurea: Polônio e Rádio. 

Sua contribuição para as áreas foi tanta que Curie é lembrada até hoje como uma das figuras mais importantes da história científica no mundo todo. 

  1. Rosa Parks (1913 – 2005)
Rosa Parks, mulher negra de vestido e chapéu, sentada no banco de ônibus.
Rosa Parks foi uma ativista dos direitos civis de pessoas negras nos EUA. (Reprodução: Pinterest / nbcnews)

Nascida no Alabama, onde a segregação racial era ainda mais intensa, ela marcou a história ao negar dar seu lugar no ônibus a uma pessoa branca. 

Em 1950, era comum que as leis de segregação valessem em absolutamente todos os lugares, incluindo o transporte público, por isso, pessoas negras eram obrigadas a ceder seu lugar aos brancos.

Quando Rosa Parks se negou, foi presa e o caso repercutiu tanto que toda comunidade negra dos EUA passou a recusar as leis de segregação racial e foi assim que começou o movimento que resultaria em sua anulação.

  1. Valentina Tereshkova
Valentina Tereshkova, foto em preto e branco, a mulher está vestindo uma roupa de astronauta para sua primeira missão.
A primeira cosmonauta mulher a ir ao espaço é Valentina Tereshkova.(Reprodução: Pinterest / Genially)

Na Rússia, temos Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ir ao espaço, em 1963. Com apenas 26 anos de idade, ela foi escolhida para realizar um voo solo e é até hoje a única a fazer essa viagem sozinha.

  1. Maria da Penha 
Maria da Penha, mulher branca de cabelos pretos, está sentada em uma cadeira de rodas.
Atualmente com 76 anos, Maria da Penha ainda é ativista dos direitos das mulheres.

Nascida em 1945, a farmacêutica brasileira lutou por anos para que seu agressor fosse condenado. 

Ela é líder de diversos movimentos feministas e sempre se dedicou a lutar pelos direitos das mulheres. Sua história é tão importante que originou a Lei Maria da Penha, instaurada em 2006. 

Todo 26 de agosto deve ser celebrado, mas devemos levá-lo como momento de reflexão, pois ainda existe muito o que deve ser feito pela igualdade de gênero – principalmente quando pensamos em mulheres pretas, periféricas e trans. 

É fato que as conquistas femininas ao longo da história são muitas e, ano após ano, outras diversas contribuições são adicionadas a essa lista. E esperamos que ela sempre seja atualizada com mulheres incríveis que seguem fazendo a diferença na sociedade.
Agora que você conheceu um pouco mais sobre essa data tão importante, que tal ler sobre sexualidade feminina? Esses e outros conteúdos estão disponíveis em nosso blog!

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