Desde a infância, somos ensinados que um relacionamento se restringe apenas a monogamia, que acontece somente entre duas pessoas. Crescemos acreditando que esse é o único jeito de amar. Mas será mesmo?
1 de agosto, 2024Uma pesquisa recente do app Gleeden revelou que 80% dos brasileiros já traíram seus parceiros, o que nos faz questionar se a fidelidade e a exclusividade são realmente possíveis ou apenas expectativas irreais. Afinal, se a monogamia é o que todos aprendem, por que a traição é tão comum?
Sem dúvida, esse modelo é a escolha de muitos casais e pode ser o ideal. Mas, para aqueles que se sentem deslocados, vale saber que existem outras formas de amar e se relacionar. Quer saber mais sobre o assunto? Então, vem com a gente!
A monogamia é o tipo fechado de relacionamento que todos conhecem, onde duas pessoas “prometem ter um namoro ou casamento exclusivo, tanto em relação a sentimentos quanto ao sexo.
Isso significa que não se envolvem com outras pessoas enquanto estão juntas. Essa é a forma clássica de relacionamentos amorosos, aquelas que aprendemos desde pequenos, que vemos na maioria dos filmes, livros e séries.
Mas será que a monogamia é mesmo a única forma de ser feliz? Existem outras formas de amar que também podem dar certo?
A não monogamia inclui várias formas de se relacionar onde a exclusividade não é obrigatória. Casais que escolhem esse tipo de relação estão livres para se envolver com outras pessoas, desde que os envolvidos concordem e conversem abertamente sobre isso. Existem diferentes tipos de não monogamia, cada um com suas características:
No poliamor, uma pessoa pode ter vários parceiros amorosos ao mesmo tempo, o amor não é limitado, mas sim algo que pode ser compartilhado.
Exemplo: Julia ama tanto João quanto Vinicius, e ambos também a amam. Os três se relacionam entre si, formando um relacionamento amoroso. Nesse tipo de relação, o amor pode ser compartilhado.
Aqui ambos têm liberdade sexual e confiança para cada um explorar seus desejos sem prejudicar o relacionamento principal.
Exemplo: Vivi e Sarah são casadas e se amam, mas as duas concordam em ter relações sexuais fora do relacionamento. Elas confiam uma na outra e mantém o casamento como base do relação.
Essa forma de amar entre três pessoas desafia a ideia de que o amor romântico é só para dois, abrindo espaço para novas possibilidades.
Exemplo: Lucas, Vitor e Gustavo se apaixonaram e decidiram formar um relacionamento amoroso a três. Eles dividem casa, planos e sentimentos, construindo uma relação estável e feliz.
Nesse formato uma pessoa se relaciona com duas outras, que não se relacionam entre si. Cada relacionamento é único.
Exemplo: Laura namora Vanessa e Fernando, mas Vanessa e Fernando não namoram. Nesse modelo, cada relacionamento é independente, e a pessoa no centro do “V” (Laura, no caso) pode explorar diferentes conexões e formas de se relacionar.
Mesmo sendo o modelo mais comum e aceito, a traição ainda acontece em relacionamentos monogâmicos. A pesquisa do app Gleeden, que comentamos lá no começo, mostra que a infidelidade é mais comum do que imaginamos.
Isso nos faz pensar sobre os motivos da traição. Será que a monogamia funciona para todos? Será que esperar exclusividade em um mundo com tantas tentações é algo justo? Aparentemente, a resposta é não.
A traição pode ser um sinal de problemas no relacionamento, como falta de diálogo, insatisfação sexual ou emocional, ou simplesmente a vontade de viver coisas novas. Isso não significa que não existe amor, mas sim que esse formato é falho para uma das pessoas.
Pensando nisso, será que o ideal seria abrir o jogo e partir para a não monogamia, sem mentiras? O que você acha?
Não importa o tipo de relacionamento, conversar e respeitar o outro são a base para uma relação saudável. Por isso é importante que o casal fale sem medo sobre:
Em relacionamentos monogâmicos, a fidelidade e a exclusividade devem ser combinadas entre o casal. Em relacionamentos não monogâmicos, é importante ter regras claras e limites para que todos se sintam bem e respeitados.
A monogamia é uma escolha feliz para muitos, mas é importante saber que existem outras formas de amar.
O importante é que cada um escolha o tipo de relacionamento que combina com seus valores e desejos, sem julgamentos. O amor é diferente para cada um e manifesta de vários jeitos.
Que tal pensar sobre suas próprias vontades sobre relacionamentos? O que te faz feliz? Qual formato deixa ser você mesma? Se você gostou do conteúdo, confira outros temas interessantes como esse em nosso blog.