A pílula anticoncepcional feminina foi um marco na luta feminista, dando às mulheres mais controle sobre seus corpos. Mas, vamos ser sinceras, já se passaram décadas e a responsabilidade pela contracepção ainda cai, na maioria das vezes, sobre os nossos ombros.
1 de agosto, 2024Isso porque a sociedade, por muito tempo, colocou a mulher no papel de “cuidadora” e responsável pela reprodução. Enquanto isso, os homens foram deixados de lado, reforçando a desigualdade. Não é à toa que, muitas vezes, a gente acaba assumindo esse peso sozinha.
Mas parece que essa história está prestes a mudar. Há alguns anos se fala sobre o anticoncepcional masculino, mas será que os homens vão levar a sério esse compromisso, assim como sempre levamos?
Para responder essa pergunta, é só dar uma olhada em quantas opções existem para mulheres e comparar com os poucos anticoncepcionais para homens (camisinha e vasectomia). Essa diferença gigante mostra que a ciência e a indústria farmacêutica ainda veem a contracepção como uma “coisa de mulher”. Mas por que essa desigualdade ainda existe?
Um dos motivos é a falta de investimento em pesquisas para o desenvolvimento de métodos contraceptivos masculinos. Essa indústria lucra milhões com a venda de anticoncepcionais femininos, então para que investir em um mercado incerto?
Além disso, tem o tal do machismo, a ideia de que a contracepção é responsabilidade da mulher dificulta ainda mais. Afinal, elas que carregam o bebê por nove meses, então por que os homens precisam se preocupar, ainda mais se tiver efeitos colaterais?
Apesar de todos os desafios, existem pesquisas promissoras rolando. Dá uma olhada nos principais métodos em desenvolvimento:
Todas essas novidades trazem esperanças, mas será que os homens serão tão cuidadosos quanto nós? Eles vão se lembrar de tomar uma pílula, aplicar o gel ou uma injeção, com a mesma responsabilidade que sempre tivemos?
A verdade é que não podemos esperar que a simples existência de métodos contraceptivos masculinos resolva todos os problemas. A cultura machista deve ser desconstruída.
Os homens precisam se conscientizar sobre a importância da contracepção, entender que a prevenção da gravidez não é apenas uma preocupação feminina. Eles precisam se engajar ativamente nesse processo, buscar informações, conversar com suas parceiras e assumir a sua parte.
Só o tempo dirá se estarão à altura desse desafio. Mas nós, mulheres, estamos bem atentas, cobrando e incentivando essa mudança. Afinal, a igualdade na contracepção é um direito nosso. Dito tudo isso, oremos!
Se os anticoncepcionais masculinos vão rolar, ainda não sabemos. Mas o importante é que cada passo nos aproxima de um futuro mais justo. Até porque, o prazer é para todos, e a responsabilidade também, né mores?
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